quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009


O resto do caminho foi solitário. Todas as coisas belas e felizes que ela havia pensado no dia anterior estavam acabadas. Para sempre? Será que alguma coisa é para sempre? A única pessoa com quem ela quis fazer planos para sempre acabava de ficar para trás, alguns metros antes. O resto do caminho era preferível fazer sozinha, era mais fácil ou melhor, menos difícil. ela sabia que ia chorar e não podia fazer isso na frente dele de novo. Nesse resto de caminho, depois do dia mais difícil, ela pensava e lembrava. Parecia que não havia existido um "antes", em todas as lembranças eles estavam fazendo alguma coisa juntos ou então, a presença dele podia ser sutilmente sentida no que ela fazia. Quando enfim ela chegou em casa, foi para o quarto e então pareceu que o dia inteiro se repetia em poucos segundos. E chorou de novo. Um toque leve permanecia em seu rosto e o gosto de um último beijo ainda estava nos lábios. Mais lembranças vieram de forma dolorosa. Mas se ainda existe tanta coisa. era um fim irracional. Pelo menos era apenas assim que ela conseguia ver. Lembrou de algumas palavras justificativas muito longe de ser um motivo real, forte o bastante para isso. Justificativas confusas. O que havia de verdade? Por que esse caminho se não é o melhor? Havia alguma resposta? Apagou a luz e deitou, insone. Doía muito. E ela não tinha certeza se queria que isso passasse .

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